O que você descreve pode ter múltiplas causas, sendo que as principais são:

1. Distúrbios vestibulares, mesmo com exames normais de labirinto;

2. Enxaqueca (vertigem associada à enxaqueca) – muito comum em quem já tem histórico de enxaqueca;

3. Crises ansiosas com sintomas físicos, como tontura, desequilíbrio e náusea (a chamada “tontura psicogênica”);

4. Efeito colateral de medicação – a paroxetina pode causar tontura ou agravar sintomas vestibulares;

5. Distúrbios visuais ou proprioceptivos, que causam sensação de desequilíbrio mesmo com exames normais.

Qual especialidade procurar agora?

Você já passou por otorrino, o que foi correto. Agora, considerando o histórico, o ideal seria o neurologista, que deverá solicitar ressonância das mastoides/angulo ponto-cerebelar. 

Também seria prudente consultar um psiquiatra  (ou o profissional que acompanha seu uso de paroxetina), para revisar a dose, avaliar efeitos colaterais ou considerar outras opções de tratamento.

Fisioterapeuta vestibular (reabilitação do equilíbrio) também poderá ajudar-lhe, se for confirmada qualquer disfunção do labirinto ou tontura crônica, a reabilitação vestibular ajuda muito — mesmo quando os exames são “normais”.

O que você pode fazer enquanto investiga:

1. Mantenha um diário das crises

Anote: data, hora, o que comia antes, sono, estresse, exposição a luz, sons, movimentação, duração da tontura etc.

2. Evite gatilhos conhecidos da enxaqueca vestibular:

• Jejum prolongado

• Cafeína em excesso

• Dormir mal

• Estresse emocional

• Ambientes com luzes pulsantes ou muito movimento (shopping, carro, etc.)