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#51376
Enviado Anônimamente 17/07/2025

Bom dia, dr.! Tenho quase 30 anos, sou mulher, e sou obesa há uns 8 anos. Nos últimos meses tenho me esforçado para perder peso e não consigo. Tenho 92 kg e 1,60m. Tento seguir a dieta sempre que dá, mas o resultado é muito lento. Que conselho o senhor me daria ?! Não tenho nenhuma qualidade de vida com esse corpo, tanto física como mentalmente. Grata pela atenção!

Você está lutando contra um quadro crônico, multifatorial e desafiador. Ter compaixão por si mesma e procurar ajuda especializada não é fraqueza, é maturidade.


Vamos lá:

 Seu quadro atual é de uma obesidade grau II 

(IMC = 35,9) o que indica riscos aumentados de doenças metabólicas, articulares, cardiovasculares e psicológicas, além de impacto funcional (mobilidade, autoestima, sono etc.). Portanto, vale a pena tratar com seriedade e dedicação. 


O que fazer:

1. Avaliação médica completa com endocrinologista. 

• Função da tireoide (dosar TSH, T4 livre).

• Investigar Síndrome dos ovários policísticos (comum em mulheres jovens e ligada à resistência à insulina).

• Resistência insulínica (HOMA-IR, insulina em jejum).

• Perfil lipídico, hepático e renal.

• Excluir apneia do sono (impacta o metabolismo e energia diária).


2. Dieta com estrutura e acompanhamento regular

Você mencionou “seguir a dieta sempre que dá”. Isso indica que há lacunas na constância.

Solução: uma nutricionista capacitada em comportamento alimentar pode ajudar com estratégias realistas, incluindo pausas, compensações e foco em qualidade nutricional, sem culpa.


3. Exercício físico adaptado

Começar com:

• 30 min de caminhada leve a moderada (5x/semana).

• Reforço muscular duas vezes por semana (mesmo que em casa).

• Depois, considerar hidroginástica, dança ou pilates.


4. Medicação ou terapia auxiliar (se indicada)

Para alguns casos como o seu, vale discutir com um endocrinologista o uso de:

• Medicações para controle do apetite ou resistência insulínica.

• Exemplo: semaglutida, liraglutida (injeções semanais, muito eficazes — mas precisam de critérios).


5. Saúde emocional e acompanhamento psicológico

• Muitas mulheres em situação semelhante carregam culpa, vergonha e fadiga emocional.

• Uma psicóloga especializada em comportamento alimentar pode ajudar a lidar com gatilhos emocionais e autoestima, sem julgamentos.

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